quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Teoria


Mentes curiosas procuram fazer descobertas e as fazem, enquanto corações apaixonados descobrem sem intenção os significados ocultos do amor. Sem nada procurar, fiz descobertas e as juntei numa teoria fundamentada nos fundamentos imprecisos e ilógicos do amor.
Quando amamos, embora alguns digam o contrário, sentimos que aquela pessoa é a única, gostamos dos seus defeitos e até os achamos engraçados e fofos. Não julgamos o físico, embora um corpo perfeito não seja nada mal. Pensamos vinte e quatro horas por dia naquela pessoa. Desejamos estar ao seu lado sempre, mesmo não sendo possível. Idealizamos projetos conjuntos, sonhamos e realizamos nossas vontades em imagens perdidas no sono. E mesmo inconscientemente o santificamos no mais alto altar. Características do amor.
O amor também nos deixa cegos, surdos, mudos. Não enxergamos o que está a nossa frente, mesmo que seja claro e evidente. Não ouvimos os verdadeiros significados das frases jogadas ao vento, pairando livres no mundo. Não conseguimos expressar em agudos e graves o som das palavras que teimam ficar presas na garganta. Talvez agente perca alguns sentidos básicos, ou até mesmo todos. Ficamos vulneráveis e acreditamos teimosamente naquilo que pensamos ser a verdade. Efeitos colaterais desse sentimento.
Combinação explosiva de características e efeitos que nos faz cometer enganos fúteis. Associamos a pessoa amada a qualquer situação, boa ou ruim. A miopia da alma nos faz ver aquele ser, ás vezes de maneira distorcida. O colocamos em situações que não tem nada a ver. Ouvimos apenas o que queremos, não nos permitindo ouvir a verdade. E mesmo que agente tente, não conseguimos falar o que sentimos. Enfim, é impossível amar sem cometer enganos. É impossível amar sem ser cego, surdo, mudo. É impossível não voarmos além do que podemos. Como alguém disse um dia: “o amor possui razões que a própria razão desconhece”.

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