Despiu-se
dos pudores da alma
Despiu-se do
medo
Despiu-se
das feridas do passado
Despiu-se da
armadura que vestiu um dia
Despiu-se do
sentimento de culpa
Despiu-se da
mentira
Pôs-se nua
perante o mundo
Não temeu a
vergonha de perder
Não se preocupou
em cair
Apenas
ajoelhou-se diante a noite
Suplicou-lhe
acolhida
Deixou o
vento lhe soprar canções
Entregou a
alma inteira
Pôs-se a
sorrir a sua maneira
Cresceu e
evoluiu?
Não. Ainda
cresce
Mas
entregou-se a verdade
Parou de só
agradar
Deixou o véu
branco cair aos pés
Levantou-se
sobre o brilho do luar
E sem rumo
caminhou
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